A conceção de computação em nuvem, derivado do inglês “cloud computing” advém da utilização da memória e das capacidades de armazenamento e cálculo de computadores e servidores compartilhados e interligados por meio da Internet, adotando o princípio da computação em grade.
O armazenamento de dados é feito em serviços que poderão ser acedidos de qualquer lugar do mundo, a qualquer hora, sem haver necessidade de instalar determinados programas, bem como, a necessidade de armazenar dados. O acesso a programas, serviços e arquivos é remoto, através da Internet - daí a alusão à nuvem. Assim sendo, a partir de qualquer computador e em qualquer lugar, pode-se ter acesso a informações, arquivos e programas num sistema único. O requisito mínimo é um computador compatível com os recursos disponíveis na Internet, e este revela-se apenas um chip ligado à Internet (a “grande nuvem” de computadores), sendo apenas precisos somente os dispositivos de entrada (teclado e rato) e saída (monitor).
Empresas como Amazon, Google, IBM e Microsoft foram as primeiras a iniciar uma grande ofensiva nessa “nuvem de informação”, que especialistas consideram uma "nova fronteira da era digital". Aos poucos e poucos essa tecnologia vai deixando de ser utilizada apenas em laboratórios para incorporar-se nas empresas e, em breve, em computadores domésticos.
Atualmente, a computação em nuvem é dividida em seis tipos. Assim temos a Infrastructure as a Service ou Infraestrutura como Serviço (IaaS), quando se utiliza uma percentagem de um servidor, geralmente com configuração que se adeque à sua necessidade. A Plataform as a Service ou Plataforma como Serviço (PaaS) utiliza-se apenas uma plataforma como um banco de dados, um web-service, etc; Já a Development as a Service ou Desenvolvimento como Serviço (DaaS), faz com que as ferramentas de desenvolvimento tomem forma no cloud computing como ferramentas compartilhadas, ferramentas de desenvolvimento web-based e serviços baseados em mashup. Por outro lado, o Software as a Service ou Software como Serviço (SaaS ) é uso de um software em regime de utilização web. Communication as a Service ou Comunicação como Serviço (CaaS) refere-se ao uso de uma solução de Comunicação Unificada hospedada em Data Center do provedor ou fabricante. Por fim a Everything as a Service ou Tudo como Serviço (EaaS) é quando se utiliza tudo, infraestrurura, plataformas, software, suporte, enfim, o que envolve T.I.C.
A computação em nuvem é regida de diversas características, sendo algumas delas o provisionamento dinâmico de recursos sob demanda, com mínimo de esforço; a escalabilidade; o uso de "utilility computing", a onde a cobrança é baseada no uso do recurso ao invés de uma taxa fixa, a visão única do sistema; e a distribuição geográfica dos recursos de forma transparente ao usuário.
Relativamente ao modelo de implantação, dependemos das necessidades das aplicações que serão implementadas. A restrição ou abertura de acesso depende do processo de negócios, do tipo de informação e do nível de visão desejado. Percebemos que certas organizações não desejam que todos os usuários possam aceder e utilizar determinados recursos no seu ambiente de computação em nuvem. As nuvens privadas são aquelas construídas exclusivamente para um único usuário (uma empresa, por exemplo). As nuvens públicas são aquelas que são executadas por terceiros. As aplicações de diversos usuários ficam misturadas nos sistemas de armazenamento, o que pode parecer ineficiente a princípio. Porém, se a implementação de uma nuvem pública considera questões fundamentais, como desempenho e segurança, a existência de outras aplicações sendo executadas na mesma nuvem permanece transparente tanto para os prestadores de serviços como para os usuários.
Por outro lado, a infraestrutura de nuvem é compartilhada por diversas organizações e suporta uma comunidade específica que partilha as preocupações (por exemplo, a missão, os requisitos de segurança, política e considerações sobre o cumprimento). Pode ser administrado por organizações ou por um terceiro e pode existir localmente ou remotamente. Nas nuvens híbridas temos uma composição dos modelos de nuvens públicas e privadas. Elas permitem que uma nuvem privada possa ter os seus recursos ampliados a partir de uma reserva de recursos numa nuvem pública. Essa característica possui a vantagem de manter os níveis de serviço mesmo que haja flutuações rápidas na necessidade dos recursos. A conexão entre as nuvens pública e privada pode ser usada até mesmo em tarefas periódicas que são mais facilmente implementadas nas nuvens públicas, por exemplo.
A maior vantagem da computação em nuvem é a possibilidade de utilizar softwares sem que estes estejam instalados no computador. Para além disso, as atualizações dos softwares são feitas de forma automática, sem necessidade de intervenção do usuário. Outra das vantagens, revela-se pelo facto de o trabalho corporativo e o partilha de arquivos tornam-se mais acessíveis, uma vez que todas as informações se encontram no mesmo "lugar". Os softwares e os dados podem ser acedidos em qualquer lugar, sendo apenas necessário o acesso à Internet. O usuário tem um melhor controle de gastos ao usar aplicativos, pois a maioria dos sistemas de computação em nuvem fornece aplicações gratuitamente e, quando não gratuitas, são pagas somente pelo tempo de utilização dos recursos. Não é necessário pagar por uma licença integral de uso de software. Finalmente, a computação em nuvem diminui a necessidade de manutenção da infraestrutura física de redes locais cliente/servidor, bem como da instalação dos softwares nos computadores corporativos, pois esta fica a cargo do provedor do software em nuvem, bastando que os computadores clientes tenham acesso à Internet;
A maior desvantagem da computação em nuvem, vem fora do propósito da mesma, que é a falta de acesso à internet, pois se o mesmo acontecer, os sistemas embarcados ficarão comprometidos. Outra das desvantagens é a velocidade de processamento, no sentido, em que seja necessário uma grande taxa de transferência, se a internet não tiver uma boa banda, o sistema pode ser comprometido.
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